segunda-feira, 30 de maio de 2016

DC e Marvel: Como conviver? (Parte I)



Olá, habitantes da Via Láctea!

Acho que muitas pessoas ainda não entendem o que existe de diferente nas edições de histórias em quadrinhos da DC Comics e da Marvel Comics, e, muito menos o porquê da preferência e da proteção (excessiva) de alguns fãs com sua editora predileta.
Dessa forma, decidi desmistificar as editoras americanas de histórias em quadrinho em duas publicações.

Primeiro é interessante dizer que estamos vivendo a “era da popularização dos super-heróis no cinema” (decidi chamar assim).

S-I-M! Isso mesmo. Há poucas décadas, o único acesso aos super-heróis que a maioria de nós conhece (por HQ’s ou filmes) era por meio das histórias em quadrinhos, mas, hoje em dia os super-heróis têm voado para longe dos quadrinhos e ganhando cada vez mais destaque nos cinemas, graças à qualidade dos efeitos especiais e ao bom tratamento dos personagens dado pelos roteiristas.

As franquias de super-heróis que vêm aparecendo nas telas de cinema aumenta a ansiedade de fãs para ver longas de seus heróis favoritos. Mas, ainda existem pessoas que estão perdidas no limbo por não acompanharem os quadrinhos o que acaba fazendo com que essas pessoas não consigam entender o porquê do Superman não poder estar nos Vingadores ou porquê Tempestade e Mulher-Maravilha não são amigas. Ou seja, não compreendem que os personagens pertencem a duas editoras diferentes, grandes rivais nos EUA: Marvel Comics e DC Comics.

O que faz um comentári do Sávio Roz (historiador e pesquisador de histórias em quadrinhos) bem pertinente: “Obviamente, alguns não entendem os mercados, [não entendem] que existem duas empresas grandes que estão disputando”. Ainda em outro
comentário, Roz afirma que embora o cinema seja a casa de tod@s nós, na hora de avaliar esses filmes, quem dá o veredito (especialmente entre amigos), é o fã-leitor. “O cara que vai só se divertir [no cinema] entende quem é o Homem Aranha, percebe que o fã se empolga com o filme e esse fã acaba virando um ‘farol’ para o resto da turma”.

Ao contrário de muitos leitores brasileiros que passam por Turma da Mônica e Disney, Roz foi um leitor que, na infância, pulou direto para os super-heróis, puxado pelo desenho clássico dos Superamigos, da década de 1980. Ele só percebeu que havia dois "universos" diferentes quando foram publicadas as maxissagas marcantes de DC e Marvel nos anos 1980: Crise nas Infinitas Terras e Guerras Secretas. Até então, o máximo que ele notava de diferente era que havia grupos como X-Men e Liga da Justiça. “Essas duas minisséries foram importantes pra eu ter consciência de que havia duas editoras”, conta.

Algumas diferenças entre Marvel e DC são bem básicas, como a designação dos heróis. Na Marvel, por exemplo, os poderosos dos X-Men são chamados de mutantes. Na DC, a
Crossover DC e Marvel (1990)
designação para os super-heróis, em geral, é “meta-humano”. A origem dos poderes, no entanto, varia muito de personagem para personagem em ambas as editoras. Bernardo Santana (editor sênior da DC Comics no Brasil) alerta que “Tanto na DC quanto na Marvel existem heróis e vilões com poderes de origem mística, alienígena, mutante. Embora na Marvel, os seres superpoderosos têm (e sempre tiveram) uma abordagem mais pé no chão, enquanto na DC, pelo menos no que diz respeito aos personagens mais icônicos, os heróis ainda têm uma natureza um pouco ‘divina’”.

Essa abordagem mais “próxima da realidade” também se reflete nos locais onde os personagens atuam. “A Marvel usa mais cidades reais – tradicionalmente Nova York – na maior parte das vezes. Já a DC tem cidades fictícias bastante consagradas, como Metrópolis, Gotham City, Central City, Coast City”.

Um dos motivos que contribui para a confusão entre as duas editoras no Brasil é o fato de terem sido publicadas pela mesma empresa por muito tempo: pela Abril nos anos 1980/90
e, atualmente, pela Panini. Mas, para Roz, isso também é bom para os fãs, que só ganham com a rivalidade lá fora que não se repete aqui dentro. “A ‘publicadora’ no Brasil, vamos chamar assim, lança mais material conforme a aceitação do público. Tentam manter um equilíbrio”, analisa.

De um jeito ou de outro, tanto Marvel quanto DC impõem, soberanas, seus personagens e são referência mundial em super-heróis, superando outras editoras. “Estamos falando de duas empresas que sabem muito bem como funciona o mercado, que sabem mobilizar o artista certo, sabem descobrir que autor conquista melhor o público, etc.”, completa Roz.

Fim?
Ainda não! hahahahahahaha

E, na próxima publicação iremos discutir sobre as diferenças das editoras em seus Multiversos, alienígenas, mitologia e alguns outros itens básicos para entender de vez o que cada uma possui e quando elas conseguem convergir.

Espero que tenham gostado!

Até mais e obrigado pelos peixes!
Beijo beijo, tchau tchau!

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